sexta-feira, 27 de maio de 2011

Muito a Mais

Como você consegui? Mudar-me de tal forma, que ninguém foi capaz.
Como você foi tão rápida? Para me atrair e me prender
E como você é capaz? De me deixar tanto tempo assim...

Mim Mesmo

Parece que achei algo para passar meu tempo - Sim, eu achei
Realmente essa não foi a minha intenção inicial - E ainda não é
Mas me prendeu e - Não quero mais soltar
Adeus.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

- Para Elfa 40 e Alguma Coisa

Só vejo o ruído do som cortando as folhas que brilham no escuro
Avisando-me que você vai chegar nos meus sonhos
Com seu cabelo de papel. Sangrando minhas mãos
E seus olhos queimando como a chama que ilumina meus pesadelos

E o sol que foge de você surgindo apenas nos dias de chuva
Quebrando o gelo que descansa no chão sobre seus passos que perfuram o ar,
Lá estão os espíritos segurando suas mãos.
E caindo sobre mim as paredes se curvam adorando o deus do oceano

Sinto a escuridão perfurando minha mente que fraca recua e se aprisiona
Dentro da noite, enquanto o mundo continua a girar.
Os galhos estralam, quebrando o silêncio. E sua face corada começa a brilhar
Suas mãos frias se fecham sobre a minha, e meus olhos se dobram.

As estrelas se unem formando um anel meus dedos doem e meus olhos coçam
E os gritos cortantes quebram o silencio noturno enquanto seus gemidos são abafados e trancafiados dentro de uma gaiola
As pedras caem dos montes e rolam até os rios que lacrimejam perto dos meus olhos

A chave gelada queima minha mão. Ouço seus gritos voando pela fechadura
Meus olhos vermelhos se chocam com a figura que aparece no batente da porta
Pego o bilhete caído no chão. “Sua mandíbula vai se trincar, cuidado.”
Minha boca se contrai

Teu braço chega mais perto e esquenta-me. “Solte-o” você diz.
“Fique quieta” Puxo seu braço confortável. Abro a fechadura
E entro na escuridão. A faca do meu bolso parece me chamar
Tiro-a da cintura. Os passarinhos começam a cantar uma canção desesperadora

Com um simples empurro, sinto a lamina atravessar, e acalmar.
O sangue espalha vagarosamente pelo corpo silencioso, invade o chão e chega aos seus pés de algodão, encharcando-os deixando-os mais pesado, como a consciência.
“Estou indo agora querida”. E a porta se fecha.

Seus olhos cristalinos que não iluminam minhas noites a muito tempo, estão cansados.
O frio da noite que nos acalmava, pesa sobre mim agora.
E o meio termo, que presenciava mais do que minha imaginação agora descansa
Perto da fogueira, seus braços tremem.

Seus santos que caminhavam juntos dos seus passos parecem não estar mais aqui
Oh minha estatua de gelo, a brisa suave passa por entre meus ossos
Queimando minha pele.
Seus dentes perfeitos estão seguros e confortáveis entre minhas mãos

Seus fios de cabelo, pregados na parede do meu quarto, iluminam e alegram
Todas minhas tristes noites. Logo, logo estarão escuros e cinzentos.
Eu sei, mas para ti, nunca vou conseguir manda-los.
Mas não se preocupe. Eles estão se afastando.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

o tempo.

o tempo, que se esgota quando menos esperamos e que passa deixando marcas profundas e incuráveis.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

a ilusão.

A ilusão, que caminha ao lado direito da esperança e ao esquerdo do medo, nos conduz ao centro de suposições, onde o fracasso e a vitória são algumas vezes temidos de formas idênticas.

a perda.

A perda, desconhecida e insignificante que se ver pelo canto dos olhos tão presente quanto o medo que certamente irá bater na porta.

o desejo

O desejo, que atrai e ilude, como a força de um buraco-negro, leva ao erro estúpido de continuar errando e satisfazendo a falsa necessidade. E preso ao vicio a alma pecadora torna a caminhar disfarçando os atos.